musica con sentido e sentimiento

domingo, setembro 12, 2010

Eleições Brasil, a candidata Dilma em apuros

Pesquisa jornalistica (sic) da folha de são paulo descobre que a candidata Dilma Rousseff é culpada no seguinte cassos graves que tem repercusão mundial.



"Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança"


"Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!"

"Empresa de Dilma forneceu a antena para o iPhone 4"

“Dilma conseguiu parar Itaipú no blackout em 2009 algo que nem os militares, nem Sarney, nem Collor, nem Itamar e nem FHC fizeram”

“Erro de Dilma na coordenação das obras do PAC atrasa conclusão do Coliseu romano em 2.000 anos”

“DILMA ESTAVA NO QUARTO DE RONALDO FENOMENO NO FINAL DA COPA DE 1998”

“Paul Mc Cartney diz "A FOLHA" que Dilma plantou discórdia interna no grupo e levou ao fim dos Beatles”

“Folha Revela - Dilma indicou remédio para Vanusa”

“Dilma afirmou que vai desapropriar o Pantano do Shrek”


parabenizamos aos professionais da pesquisa jornalistica da folha online pelos descobrimentos do historico de Dilma e as intenções dela no futuro governo do brasil (sic).

pobre do shrek e sua familia que não vao ter mais terra para trabalhar....sic

sábado, setembro 11, 2010

"O Fim da América" (estados unidos) Autor: Naomi Wolf

"Poucos de nós consomem muito tempo pensando sobre como o sistema que os Fundadores - políticos que assinaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos - estabeleceram protege nossas liberdades. Gastamos ainda menos tempo considerando os métodos dos ditadores do passado para destruir democracias ou reprimir levantes democráticos", alerta a escritora.

Em cartas endereçadas ao jovem ativista Christopher Le, Wolf lista dez etapas clássicas utilizadas por ditadores e aspirantes a ditadores para sufocar uma sociedade aberta. Como exemplo a autora lembra a Alemanha da década de 30, que deixou de ser um país moderno e democrático, de arquitetura e design inovadores, de fashionistas, com ícones pop, colunas de fofoca e organizações de direitos civis e de direitos de homossexuais para protagonizar o Holocausto e se tornar um regime autoritário.

Para a autora, neste momento algumas dessas etapas estão em curso nos Estudos Unidos e todas ameaçam acabar com a democracia. Em 2008, o livro foi adaptado para os cinemas pelas mãos da diretora e produtora Annie Sundberg.

Leia trecho no qual Naomi Wolf aponta semelhanças entre atitudes do governo Bush e o nazismo.

*

Como todo americano, eu assisti aos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 com horror. Depois, como muitos, eu assisti às reações do governo primeiro com preocupação, depois com apreensão e depois, muitas vezes, com choque. Comecei a perceber que havia algo familiar no modo como os acontecimentos se desenrolavam.

Por causa da sensação de déjà vu que eu começava a sentir enquanto lia os jornais todos os dias, fui lembrando como líderes do passado esmagaram sociedades sobre as quais haviam ganhado controle. Eu observei com atenção especial o que acontece quando um líder provoca a transformação de uma sociedade pluralística e democrática numa ditadura.

ECOS HISTÓRICOS

Eu comecei a pensar nesses exemplos de "ressonâncias históricas" - não eram provas de que alguém na administração estudou os detalhes do fascismo e do totalitarismo no século XX, mas certamente eram indicações sugestivas.

O que havia de familiar na imagem de um bando de jovens vestidos com camisas idênticas gritando contra os mesários de um posto eleitoral da Flórida durante a recontagem de votos de 2000? Quais foram os ecos das notícias de que partidários de Bush no sul estavam organizando manifestações públicas para queimar CDs das Dixie Chicks?* (CDs na verdade são muito difíceis de queimar e produzem fumaça tóxica.) O que parecia tão familiar na cena de um grupo ideológico humilhando um acadêmico que deu uma opinião divergente - e depois pressionando o governo estadual para que o reitor demitisse o professor? O que era tão reconhecível nas informações de que agentes do FBI estavam detendo militantes pacifistas em aeroportos? Por que a noção de ser "saudado como libertador" soava tão clichê e expressões como "escondido numa caverna" ecoavam coisas já ouvidas?

Esses acontecimentos pareciam ter ressonâncias históricas porque de fato eles estavam inspirados em acontecimentos da história.

Ninguém pode negar a habilidade dos fascistas em moldar a opinião pública. Eu não posso provar que qualquer pessoa no governo Bush tenha estudado o pensamento e os atos de Joseph Goebbels. Nem estou tentando. Tudo o que estou fazendo é apontar ressonâncias.

Enquanto você lê, pode notar outros paralelos - geralmente nos detalhes dos acontecimentos. O governo Bush criou uma norma pós-11 de Setembro a respeito de líquidos e viagens aéreas. Restrições cada vez maiores levaram seguranças de aeroportos a forçar alguns passageiros a ingerir líquidos: uma mãe de Long Island, por exemplo, teve de beber três garrafas cheias de seu próprio leite antes de embarcar num avião no aeroporto JFK. Outros passageiros adultos foram obrigados a beber leites enriquecidos para bebês. Na era de Benito Mussolini, uma tática de intimidação era forçar cidadãos a beber vomitivos e outros líquidos. Homens da SS alemã requintaram o método: fizeram Wilhelm Sollmann, um líder social-democrata, por exemplo, beber óleo de rícino e urina.17 Claro que leites enriquecidos para bebês não são vomitivos. Mas agentes governamentais - alguns deles armados - forçando um cidadão a ingerir um líquido é uma cena nova nos Estados Unidos.

Em 2002, o governo Bush criou o "Departamento de Segurança da Pátria". Os porta-vozes da Casa Branca começaram a se referir aos Estados Unidos, pela primeira vez, como "a Pátria". Os presidentes americanos até então falavam do país como "a nação" ou "a república", e as questões internas eram "domésticas".

Em 1930, propagandistas nazistas não se referiam à Alemanha como "a nação" ou "a república" - o que era -, mas como "Heimat", "a pátria". Pátria é um termo descrito pela memorialista Ernestine Bradley, que cresceu na Alemanha nazista, como saturado de poder nacionalista: "Heimat é uma palavra alemã que não tem equivalente satisfatório em outras línguas. Ela denota a região em que alguém nasceu e à qual se mantém enraizado... Sentir falta da Heimat causa a doença incurável da Heimweh [nostalgia]." O vice-Führer Rudolf Hess, ao apresentar Hitler num comício em Nuremberg, disse: "Graças a sua liderança, a Alemanha será a Pátria - para todos os alemães do mundo." Um Departamento de Segurança Interna é simplesmente uma burocracia, sujeita a errar; mas um departamento de proteção à "Pátria" tem um outro tipo de autoridade.

Em 2001, o USA Patriot Act** permitiu ao governo federal obrigar médicos a entregar históricos confidenciais de seus pacientes sem um mandado que o justificasse. Suas conversas com seu médico estão agora sujeitas ao escrutínio do Estado. (A legislação nazista da década de 1930 ordenava aos médicos alemães que revelassem ao Estado os históricos médicos dos cidadãos.)

Em 2005, a Newsweek informou que os prisioneiros de Guantánamo haviam visto o Corão ser despejado em vasos sanitários. Sob pressão da Casa Branca, a revista publicou uma correção. Não tinha entrevistado testemunhas diretas dessa prática. Mas organizações de direitos humanos confirmaram relatos de abusos similares envolvendo o Corão. (Em 1938, a Gestapo forçou judeus a limpar privadas com seus filactérios sagrados, os tefilin.)

A Anistia Internacional informa que os interrogadores americanos atormentavam os prisioneiros no Iraque tocando heavy metal em volume máximo em suas celas dia e noite. (Em 1938, a Gestapo infernizou o primeiro-ministro austríaco Kurt von Schuschnigg, na prisão, deixando um rádio ligado em volume máximo, noite e dia.)

Um grupo de direitos humanos iraquiano se queixou de que, em 2004, forças americanas sequestraram esposas inocentes de supostos insurgentes e as mantiveram como reféns para pressionar os maridos a se entregar. (Na Rússia de Josef Stalin, a polícia secreta fazia o mesmo com as mulheres de dissidentes acusados de "traição".)

Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, o vice-presidente Dick Cheney prometeu que seríamos "saudados como libertadores". (Quando o Exército alemão ocupou a Renânia, a propaganda nazista afirmou que as tropas seriam recebidas como libertadoras.)

O presidente Bush alegou que os prisioneiros da baía de Guantánamo podiam ser tratados duramente porque não eram beneficiários das Convenções de Genebra. (Os nazistas recomendaram aos soldados alemães na Rússia que tratassem o inimigo com brutalidade especial, porque eles não eram beneficiários das Convenções de Haia.)

Depois do 11 de Setembro, a então assessora de segurança nacional Condoleezza Rice e o vice-presidente Cheney cunharam uma nova expressão: os Estados Unidos estavam agora em "pé de guerra". Aparentemente, era uma escolha casual de palavras. Mas, se você pensasse no assunto, era também uma espécie estranha de escolha de palavras, já que os Estados Unidos não estavam de fato em guerra. O que é "pé de guerra"? (Líderes nazistas explicaram, depois do incêndio do Reichstag, que a Alemanha, que não estava de fato em guerra, estaria a partir de então em permanente kriegsfusz - literalmente, "pé de guerra").

A Casa Branca de Bush "embutiu" repórteres nas unidades militares americanas no Iraque. A falta de visão crítica da cobertura aumentou consideravelmente. (Agentes de propaganda nacional-socialista "embutiram" repórteres e equipes de câmera nas próprias Forças Armadas: a cineasta Leni Riefenstahl foi misturada às tropas nazistas na Polônia, e o correspondente americano William Shirer entrou com as divisões alemãs na França ocupada.)

O governo Bush despejou de aviões, durante a noite, caixões de soldados americanos mortos e impediu os fotógrafos de registrarem a cena. (Os nacional-socialistas fizeram exatamente o mesmo.)

A Casa Branca anunciou, em 2002, que havia "células dormentes" de terroristas espalhadas país afora. Uma célula dormente, como a imprensa explicou, era um grupo de terroristas que se infiltrava na vida diária americana, esperando, talvez durante anos, o sinal para agir e causar destruição.

O FBI teria localizado uma célula dormente em Lodi, na Califórnia. Depois que um informante foi pago com centenas de milhares de dólares para espionar os muçulmanos da cidade, o FBI deteve dois homens, Umer Hayat e Haimid Hayat, pai e filho. Os dois disseram ter confirmado a existência de uma célula dormente que na verdade não existia, só para interromper uma sequência de interrogatórios apavorantes.

Outra célula dormente muito alardeada seria composta por quatro homens muçulmanos em Detroit. O ministro da Justiça, John Ashcroft, dizia que eles haviam tido conhecimento prévio do 11 de Setembro. Integrantes do governo federal acusaram-nos de fazer parte de uma "célula dormente que planeja ataques contra americanos no exterior", segundo relatos da imprensa.

O Departamento de Justiça anunciou que as prisões tinham sido uma das grandes vitórias da guerra contra o terror.

A expressão "célula dormente" penetrou profundamente no inconsciente dos Estados Unidos, tornando-se até tema de um filme feito para TV. Mas, em 2006, Richard Convertino, promotor do caso Detroit, foi indiciado sob acusação de tentar apresentar provas falsas no julgamento e de esconder as verdadeiras, numa manobra para sustentar a tese do governo sobre os réus. Todas as acusações contra os dois homens foram retiradas e o Departamento de Justiça silenciosamente retirou a acusação. Mas você provavelmente não soube nada disso, e as arrepiantes histórias de células dormentes continuaram no ar para perturbar seu sono.

Célula dormente era algo de que a maioria dos americanos nunca tinha ouvido falar antes. É uma expressão da Rússia de Stalin, onde os propagandistas diziam que células constituídas de agentes do "capitalismo internacional" - isto é, nós - haviam sido enviadas pelo governo dos Estados Unidos para se infiltrar na sociedade soviética. Esses agentes secretos posariam de bons camaradas, vivendo tranquilamente entre seus vizinhos, apenas esperando o dia em que, dado o sinal, todos eles se levantariam para causar destruição.

Quando o plano terrorista contra aviões destinados aos Estados Unidos foi descoberto em Londres em 2006, um funcionário do FBI deu uma declaração muito divulgada: "Se esse plano tivesse sucesso, o mundo pararia." Os caras do FBI não costumavam falar em linguagem tão poética. (Sobre seus planos em 1940, Hitler disse: "O mundo vai prender a respiração.")

Vale a pena atentar para essas ressonâncias - mas elas não são, essencialmente, tão importantes. O que é importante são os ecos estruturais que você encontrará: o modo como ditadores apoderam-se de democracias ou esmagam levantes democráticos invocando decretos de emergência que sufocam as liberdades civis, criando tribunais militares e criminalizando as opiniões discordantes.

Essas ressonâncias são importantes.

referencia: folha online




sexta-feira, setembro 10, 2010