musica con sentido e sentimiento

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

El universal poeta cesar vallejo


César Vallejo


Piedra negra sobre una piedra blanca



Me moriré en París con aguacero,
un día del cual tengo ya el recuerdo.
Me moriré en París ?y no me corro?
tal vez un jueves, como es hoy, de otoño.

Jueves será, porque hoy, jueves, que proso
estos versos, los húmeros me he puesto
a la mala y, jamás como hoy, me he vuelto,
con todo mi camino, a verme solo.

César Vallejo ha muerto, le pegaban
todos sin que él les haga nada;
le daban duro con un palo y duro

también con una soga; son testigos
los días jueves y los huesos húmeros,
la soledad, la lluvia, los caminos...







domingo, fevereiro 22, 2015

Funcionária da Petrobras desmascara a Globo

 Citada em reportagem do jornal O Globo sobre 'a nova rotina de tensão e medo na estatal', a petroleira Michelle Daher Vieira publicou uma carta aberta ao jornal O Globo e sua repórter que desnuda as intenções dos Marinho na cobertura da Lava Jato; "Não é de hoje que as Organizações Globo têm objetivo muito bem definido em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira a interesses privados internacionais", diz ela; Michelle enfatiza, ainda, a necessidade de democratização da mídia; "cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses"
.
.
.




Por Michele Daher Vieira
Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.
Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.
Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.
Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porque disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.
Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.
A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.
Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.
Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.
Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.
Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.
Fontes:
[1] Demissões nas Organizações Globo:
http://www.conexaojornalismo.com.br/…/demissoes-do-globo-es…
http://radiodeverdade.com/tag/demissoes-na-radio-globo/
http://www.parana-online.com.br/editor…/almanaque/…/836519/…
http://www.portalimprensa.com.br/…/o+globo+faz+cortes+na+re…
http://blogs.odia.ig.com.br/…/globo-inicia-demissoes-no-jo…/
[2] Exemplos de o que deve e não deve ser publicado
http://www.brasildefato.com.br/node/31315
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/globo-ordena-que-no…
http://www.conversaafiada.com.br/…/globo-censura-reporter-…/
[3] Objetivos
http://www.municipiosbaianos.com.br/noticia01.asp…
http://www.aepet.org.br/…/Prezado-a-companheiro-a-da-Petrob…
http://www.viomundo.com.br/…/sordida-campanha-dos-marinho-c…
https://petroleiroanistiado.wordpress.com/…/petrobras-sob-…/
https://fichacorrida.wordpress.com/…/rede-globo-de-corrupc…/
[4] Inquérito 2474
http://www.cartacapital.com.br/…/em-sigilo-ha-7-anos-inquer…
http://www.ocafezinho.com/…/inquerito-2474-ja-esta-na-inte…/
http://www.istoe.com.br/…/…/345927_ERRO+HISTORICO+NA+AP+470+
http://www.brasil247.com/…/Nassif-STF-vai-abrir-segredo-de-…
[5] Escândalo do HSBC
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-assombroso-silen…/
http://economia.ig.com.br/…/reino-unido-investiga-hsbc-por-…
http://economia.estadao.com.br/…/hsbc-entenda-o-escandalo-…/
http://economia.ig.com.br/…/receita-esta-de-olho-em-corrent…
http://www.brasil247.com/…/Sonega%C3%A7%C3%A3o-no-HSBC-%C3%…
[6] Sonegação Globo
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=4664
http://www.ocafezinho.com/…/os-documentos-da-fraude-da-glo…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/injusto-e-pagar-im…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-o-processo-de…/
[7] Helicoca
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-dcm-apresenta-no…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-papel-cada-vez-m…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/categorias/helicoca/
[8] Aeroportos Mineiros
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-midia-na…/
http://www1.folha.uol.com.br/…/1493571-aecio-neves-a-verdad…
http://www1.folha.uol.com.br/…/1488587-governo-de-minas-fez…
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/trafico-de-cocaina-…
http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82339
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/aecio-nomeou-desem…/
[9] Alstom
http://www1.folha.uol.com.br/…/1281123-brasil-e-unico-que-n…
http://tijolaco.com.br/blog/?p=24684
[10] Banestado
http://www.redebrasilatual.com.br/…/o-caso-banestado-a-petr…
http://www1.folha.uol.com.br/…/1267100-justica-anula-punica…
http://ultimosegundo.ig.com.br/…/lentidao-da-justica-livrou…
[11] Beto Richa e o Paraná
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/beto-richa-quebrou-…
http://www.redebrasilatual.com.br/…/curitiba-a-pauta-da-reb…
[12] Globo e a Ditadura
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/editorial-globo-cel…
http://www.brasildefato.com.br/node/25869
http://altamiroborges.blogspot.com.br/…/as-diretas-ja-e-o-c…
http://www.viomundo.com.br/…/faz-30-anos-bom-jornalismo-da-…
http://www.viomundo.com.br/…/fabio-venturini-no-golpe-dos-e…
http://www.viomundo.com.br/…/exclusivo-as-entrevistas-feroz…
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/abrir-empresa-em-p…/
[12] CF/88
Diz o artigo 220 da Carta, no inciso II do parágrafo 3°:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já o parágrafo 5° diz:
Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
E o artigo 221. por sua vez, prescreve:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

terça-feira, fevereiro 17, 2015

lista sinistra de gente do mundo inteiro, que mantem conta segreta no hsbc

A lista de nomes de mais de 100 mil correntistas da filial do HSBC em Genebra, que construiu uma indústria de lavagem de dinheiro, intermediada por empresas offshore como forma de fugir da fiscalização dos países de origem, está correndo pelo mundo. Aos poucos, cada uma das pessoas e entidades estão sendo reveladas. França, Espanha, Suíça, Dinamarca, Índia, Angola, Bélgica, Chile, Argentina, e outros países, divulgam reportagens detalhadas a cada dia, com novas informações. Menos o Brasil.
O primeiro jornal a ter conhecimento foi o francês Le Monde. Ele teve acesso aos dados secretos de uma investigação iniciada em 2008, pelo governo da França, por meio de informações vazadas do ex-funcionário do HSBC, franco-italiano especialista em informática, Hervé Falciani.
Percebendo que o esquema envolvia mais de 200 países, o Le Monde decidiu compartilhar todo o material com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), uma rede que integra 185 jornalistas de mais de 65 países, que investigam casos em profundidade. Do Brasil, são cinco membros: Angelina Nunes, Amaury Ribeiro Jr., Fernando Rodrigues, Marcelo Soares e Claudio Tognolli.
Os cinco, portanto, teriam acesso à considerada maior base de investigações fiscais do mundo, até hoje, de posse inicial do Le Monde. Nesses arquivos estão os nomes, profissões e valores de ativos de todos os clientes da filial do HSBC na Suíça. O ponto fraco dos documentos é delimitar quando houve indícios de participação de ilegalidades, uma vez que não é proibido ter uma conta bancária na Suíça. Estão incluídos nomes da realeza, figuras públicas, políticos, celebridades, empresários.
O ICIJ formou um grupo menor de jornalistas para investigar os documentos do projeto denominado como Swiss Leaks. Participam todos os países do Consórcio. Do Brasil, Fernando Rodrigues, do Uol, é o único que tem em mãos as apurações dos clientes brasileiros.
Até o momento, as informações divulgadas pelo ex-repórter da Folha de S. Paulo são de que os dados do HSBC indicam 5.549 contas bancárias secretas de brasileiros, entre pessoas físicas e jurídicas, em um saldo total de US$ 7 bilhões. Nenhum nome. Fernando Rodrigues explica que entrou em contato com autoridades brasileiras, para saber se há ilegalidade nessas operações bancárias, ou se os valores foram declarados à Receita. E que estaria desde novembro aguardando a resposta.
Essa desculpa não bate com o histórico do jornalista. O fato de divulgar a existência da lista e segurar os nomes dá margem a toda sorte de interpretações.
Enquanto isso, o jornalista investigativo argentino, Daniel Santoro, também membro do ICIJ,publica nomes e sobrenomes: os empresários Juan Carlos Relats, Raúl Moneta, e pessoas próximas ao governo, como o grupo Werthein. Os chilenos Francisca Skoknic e Juan Andrés Guzmán, também jornalistas, divulgam os conhecidos de alto patrimônio local: Andrónico Luksic, José Yuraszeck, Ricardo Abumohor, Óscar Lería, Álvaro Saieh, José Miguel Gálmez e o clã Kreutzberger, com filhos e parentes do apresentador de televisão “Don Francisco”.

“O Instituto de Religiosas de San José de Gerona chegou a ter 2,7 milhões na Suíça”, foi aúltima manchete do jornal espanhol El Confidencial, que horas antes também publicou que a família de empresários Prado figuravam na lista. Nas reportagens, o jornal indica: “a lista Falciani foi descoberta”.

Da Bélgica, o Mondiaal Nieuws mancheta: “entre os 722 belgas da lista do HSBC, estão novamente um monte de diamantes industriais bem conhecidos e descendentes de famílias nobres”. A mesma linha segue o folhetim indiano The Indian Express: “77 dos 1.195 indianos na lista suíça do HSBC estão ligados à indústria de diamantes. O jornalista Appu Esthose Suresh viajou à Mumbai para descobrir como uma pequena empresa familiar controla a indústria”.
O Paraguai denunciou o próprio presidente Horacio Cartes, que tem uma conta na filial do banco na Suíça. Egito, Dinamarca, Rússia, os países não param. O que pode ser o maior esquema de rombo fiscal está paralisando o noticiário mundial.

No Brasil, o jornalista que poderia trazer as melhores investigações publicou quatro reportagens em sua página do blog. Três delas (aquiaqui e aqui) são a tradução de artigos de outros jornalistas estrangeiros, sem nenhuma referência ao que ocorre aqui, e quem está envolvido.
Na quarta reportagem, enquanto aguarda a resposta das autoridades brasileiras, Fernando Rodrigues deu espaço a dados latino-americanos: “na América Latina, nacionais de vários países estão na lista do HSBC. (…) O saldo total máximo mantido nessas contas secretas de latino-americanos ultrapassa US$ 31 bilhões”.
O Brasil figura como o 9º no ranking de países com a maior remessa de dólares, de acordo com os arquivos vazados da Suíça. A quantia máxima de dinheiro associada a um cliente ligado ao Brasil foi de US$ 302 milhões. Foram abertas 5.549 contas de clientes brasileiros entre 1970 e 2006. Essas informações estão no site do ICIJ.

Os documentos ainda mostram que 8.667 clientes são vinculados ao Brasil. Destes, 55% tem um passaporte brasileiro ou a nacionalidade. No gráfico, é destacada a distribuição entre os tipos de contas: 70% numeradas, 10% contas vinculadas a companhias Offshore, e 20% vinculadas a uma pessoa.

As investigações, partindo de jornalistas pelo mundo, está permitindo recuperar centenas de milhões de dólares em impostos não pagos.
Como bem frisaram os jornalistas chilenos Francisca Skoknic e Juan Andrés Guzmán, “o interesse em divulgar o conteúdo destas contas não é baseado na curiosidade em conhecer os segredos dos milionários. Este projeto de jornalismo internacional – que participam mais de 140 jornalistas de 45 países – busca trazer luz sobre o dinheiro depositado na Suíça, uma jurisdição utilizada pelo alto sigilo sobre os ativos, que os protege e, em particular, sobre os clientes do HSBC, o banco que já foi objeto de uma investigação do Senado dos EUA que revelou que tem sido usado para proteger os fundos de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, entre outras irregularidades. Além disso, um grande número de contas – incluindo as de muitos chilenos – estão ligados ao uso de empresas sediadas em paraísos fiscais, uma das maneiras mais comuns de esconder quem são os verdadeiros donos”.


fonte

sábado, fevereiro 14, 2015

Francia: el ocaso estratégico de una potencia media

En la primera página de sus “Memorias de guerra”, el general Charles de Gaulle considera que “Francia no puede ser Francia sin grandeza”. Estaba convencido de ello, y, mientras pudo, procuró que Francia fuera Francia. Al menos en tres oportunidades lo consiguió: en 1940, cuando lanzó su célebre “llamamiento” tomó la decisión de proseguir la lucha tras la “extraña derrota” de Francia ante la Alemania nazi; cuando demandó y obtuvo ser parte de la ocupación de Alemania, en 1945; y cuando en 1966 retiró a su país del comando estratégico de la OTAN por considerar que integrándolo a la Alianza se subordinaba al poder de Estados Unidos.
En rigor, la última decisión fue la de mayor gravitación estratégica; no solamente porque ello fue determinante para que el país desarrollara su propia capacidad nuclear (que Estados Unidos se había negado a asistir en tanto Francia no aceptara misiles en su territorio), sino porque mantuvo a Francia más allá de la “derrota” que le significó la Segunda Guerra Mundial.
En efecto, cuando concluyó la guerra, en 1945, Charles de Gaulle sentenció que en Europa “dos países habían perdido la guerra mientras que los demás fueron derrotados”. Desde los términos de pérdidas humanas y materiales, la guerra había sido una catástrofe para Europa. Pero el estadista francés quería significar algo más que la ruina visual que ofrecía entonces el continente.
Si bien Francia era parte de las potencias que habían derrotado a Alemania e incluso por ello obtuvo lo que se denominó el “dividendo de Yalta”, es decir, sin haber sido parte de la célebre conferencia, a Francia le fue asignado un sector de ocupación en territorio alemán, el líder galo supo ver que en el orden de la post guerra Europa (y Francia) ya no se desempeñaría en el rango de actores estratégicos mayores.
La guerra no solamente implicó el final de la predominancia extra-continental de Europa, sino el establecimiento y la aceptación de una condición de “vasallaje estratégico” en relación con el auténtico y contundente ganador de la contienda mundial, Estados Unidos. Definido el nuevo rol estratégico, en las décadas siguientes Europa se consagró a su integración política-económica-social, proceso del que Francia fue parte medular desde su mismo inicio, aunque siempre remarcando (en clave gaullista) la confederación como horizonte.
La impugnación a la situación sub-estratégica o “americanización” de la defensa de Europa, pero sobre todo el desarrollo estratégico de Francia, es decir, de la “force de frappe”, representó una situación de “reparación nacional” en relación con la “derrota” de 1945 y con las catástrofes de los años cincuenta en Indochina, Suez y Argelia.
En el mundo estático de la Guerra Fría, el estatus nuclear de Francia le proporcionó una condición interestatal de excepcionalidad, autonomía y deferencia estratégica. Si bien desde los centros de reflexión occidental se consideraba que una pequeña fuerza nuclear independiente implicaba un esfuerzo poco útil y hasta una incongruencia en el orden interestatal centralmente bipolar, para los teóricos de la disuasión nuclear, por caso, André Beaufré, Francia bien podía ser un factor de estabilidad internacional en calidad de “tercer partícipe” aliado de uno de los adversarios mayores contra el otro.
El final de la contienda bipolar impulsó cambios, particularmente en materia de flexibilización doctrinaria y reorientación de blancos del componente nuclear. Aunque la retórica francesa en relación a la necesidad europea de emancipar su defensa de Estados Unidos prosiguió, la desaparición del enemigo, la globalización, los nuevos retos y la notable dependencia europea (incluida Francia) de las capacidades estadounidenses (particularmente logísticas y de inteligencia) en las guerras del Golfo, Bosnia y Kosovo, fueron atenuando la orientación gaullista que (en mayor o menor grado) se mantuvo durante todas las administraciones francesas.
Pero no fue hasta la llegada de Nicolas Sarkozy a la presidencia, en 2007, cuando se produjo un cambio esencial en el enfoque externo del país. Para el nuevo mandatario, era imperioso “renovar una Francia adormilada” y poner fin a una postura internacional que, tras el final de la Guerra Fría, prácticamente había dejado de tener razón estratégica.
En otros términos, el fin de un mundo de bloques geoestratégicos, de acumulación militar y la irrupción de múltiples dimensiones de la seguridad, “vaciaba” el enfoque nacional-nuclear, es decir, la consideración francesa relativa a que una “OTAN americanizada” no amparaba la seguridad  nacional de Francia.
El retorno de Francia al comando militar de la OTAN, en 2009, no fue criticado tanto porque se abandonaba el enfoque soberano en materia de defensa, sino porque dicho retorno no modificó prácticamente en nada el ascendente estratégico de Washington en Europa. Más aún, desde entonces Francia en la OTAN no sólo no ha implicado “más Europa” en materia de defensa, sino que ha afianzado el papel de Europa como sostén o refuerzo de Estados Unidos en el combate de este país contra su principal amenaza, el terrorismo global, y, por tanto, ha mantenido a Europa como una suerte de prolongación del espacio estadounidense como objetivo de ataque de este letal actor.
En efecto, desde “el retorno antes del retorno” a la OTAN, es decir, desde la participación de Francia ya en tiempos de Mitterrand y luego de Chirac en misiones internacionales, y desde el efectivo retorno bajo mandato de Sarkozy, no se ha registrado en Europa una tendencia en dirección de una mayor potestad en materia de defensa: a casi 25 años del final de la Guerra Fría, la estructura de mando en la OTAN continúa bajo predominancia estadounidense (el comandante supremo de las fuerzas aliadas en Europa es norteamericano), e incluso “lo nuevo” en la Alianza, por caso, el Grupo de Expertos, encargado de la prospectiva o nueva concepción estratégica de la Alianza, tampoco quedó en manos de una autoridad europea.
En breve, a pesar de haber desaparecido el factor que por décadas hizo imperativa la presencia de Estados Unidos en el espacio continental más sensible de la rivalidad bipolar, la continuidad de la organización político-militar, la “pluralización de sus misiones y el ascendente estadounidense dentro de la misma, corroboran que, más allá de dicha rivalidad, el propósito también ha sido (y es) evitar el surgimiento de actores cuestionadores o retadores dentro del propio bloque; es decir, mantener la condición de “pacificador” o “equilibrador de ultramar”, para utilizar los términos apropiados, a fin de garantizar el “statu quo” regional.
Desde estos términos, la continuidad de la Alianza Atlántica más allá del fin para la que fue creada no sería tanto una anomalía en relación a la experiencia, sino una suerte de “regularidad” en relación a la preservación de una condición de hegemonía interestatal.
Por otra parte, la condición estratégica subalterna de Europa implica un automatismo en relación con la principal amenaza al actor hegémono de Occidente y, por consiguiente, empeño en enfrentarla.
En otras palabras, el “nuevo terrorismo” que surge en los años noventa, que es aquel que adopta una concepción geopolítica ofensiva a escala global como respuesta a la política externa de Estados Unidos, tuvo (y tiene) como objetivo central “matar a ciudadanos estadounidenses en cualquier parte del mundo”, según reza la “fatwa” (o pronunciamiento legal en el Islam) difundida por Al Qaeda en 1998. Es decir, no se refirió entonces a Europa, si bien es cierto que antes habían ocurrido acontecimientos de violencia en algunos países.
Tras los ataques perpetrados el 11-S, se activó el mecanismo de defensa colectiva de la OTAN, y a partir de allí la suerte de Europa quedó fijada a la del “primus inter pares” de la Alianza, Estados Unidos, que durante la primera década del siglo XXI pasó a ejercer un papel hegemónico tan concluyente que el mismo interés del sistema o de la comunidad internacional pareció identificarse con los intereses de este actor.
¿Había otras opciones para el Occidente no estadounidense? Posiblemente no demasiadas, pero los actores europeos que pudieron realizar observaciones estratégicas relativas a las reservas con que había que proceder sobre el mundo árabe-islámico en el “combate global contra el terrorismo transnacional”, como la propia Francia que en otros tiempos había sido cautelosa en su política hacia los países árabes, no lo hicieron.
Así, Europa volvió a ser objetivo del terrorismo en función de su asociación con Estados Unidos a través del instrumento estratégico de este país en el continente, la OTAN. Pero a diferencia del “viejo terrorismo”, que operaba en los diferentes países de acuerdo a las políticas nacionales de cada país, ahora el “nuevo terrorismo” lo hacía en función de la política exterior global del principal actor occidental. Se trata de una importante diferencia, aunque se mantiene la cuestión de la (in) seguridad nacional en un alto nivel.
El seguimiento del “libreto” estratégico estadounidense por parte de Europa, que implicó el involucramiento de fuerzas nacionales a miles de kilómetros de los territorios nacionales, ha sido frustrante para Europa en general y para Francia en particular. El experto Olivier Zajec, del Instituto de Conflictos Estratégicos, de París, ha definido en términos categóricos los resultados de dicho seguimiento: “Detrás de las incertidumbres del Elíseo, se encuentra obviamente el pantano afgano. Este fracaso es sobre todo el de una teoría culturalista estadounidense, la ‘contra insurrección con enfoque global’, que amplió demasiado el marco temporal de la ‘estabilización’, confundiendo modos de acción tácticos con una política, moralizando en exceso los objetivos de la guerra y cerrándose por esa misma razón a cualquier salida digna. Lo cierto es que esta derrota del pensamiento estratégico, que inmovilizó a cien mil hombres en un teatro de operaciones durante diez años sin un objetivo final alcanzable, no hace desaparecer ‘ipso facto’ la necesidad de intervenciones de estabilización o de mediación, como lo demuestra Malí”.
Otros franceses han sido menos cuidadosos en sus críticas. En su incisivo trabajo sobre los contrariedades que ha significado el “sarkozismo” para Francia, el siempre vigente Emmanuel Todd ha afirmado que “Con sus amenazas de bombardeos selectivos al Golfo Pérsico y a Afganistán, Sarkozy ha puesto en acción su incompetencia diplomática: transformar a los soldados franceses en refuerzos del ejército estadounidense sólo puede arruinar la posición de nuestro país en el mundo. El planeta no tiene ninguna necesidad de una Francia obediente, de una potencia media que, conforme a la teoría diplomática, deja de existir al alinearse con una potencia dominante”.
Por último, el regreso de Francia a la OTAN tampoco ha implicado cambio alguno en relación con la estrategia que desde el mismo final de la Guerra Fría Estados Unidos llevó adelante ante el “Estado continuador” de la URSS, la Federación Rusa; en buena medida, ello explica la compleja situación de la relación entre Europa y Rusia por la crisis en Ucrania.
También en esta cuestión Europa terminó siguiendo una geopolítica no propia, y tampoco Francia, que siempre defendió el entendimiento con Moscú, particularmente durante la presidencia de Chirac, intentó que Europa quedara siquiera algo desmarcada en una situación centralmente basada en una concepción estratégica que  maximizó el poder no precisamente de los socios europeos.
Más aún, la relación con Rusia no se deterioró a partir de los acontecimientos de Ucrania sino a partir del momento que la intervención militar de la OTAN en Libia, habilitada gracias a que Francia impulsó las resoluciones en el Consejo de Seguridad de la ONU, modificó su propósito inicial dirigido a proteger al pueblo libio y acabó apoyando a las fuerzas que combatían al régimen, situación que fue crucial para que posteriormente Rusia no estuviera dispuesta a apoyar la injerencia internacional en Siria.
En suma, sin duda que el mundo ha cambiado y posiblemente hoy ya no tiene sentido celosos planteamientos nacional-soberanos como los que realizara Charles de Gaulle, cuando intento preservar algo de grandeza nacional tras la guerra y luego de los fracasos militares en los años cincuenta. Acaso el estadista haya alcanzado más que ello puesto que por un largo tiempo logró que un actor de talla media como Francia desempeñara un papel sin duda exagerado.
Sin embargo, la predominancia estadounidense en (o sobre) Europa se ha mantenido más allá de la Guerra Fría, y en buena medida ello se debe a la impotencia de Europa para fijar y ejecutar políticas que gradualmente la distancien de su condición de subordinación estratégica o, para decirlo menos peyorativamente, de “potencia civil” (por cierto, una categoría irrelevante -cuando no inexistente- en las relaciones interestatales).
Se esperaba que el regreso de Francia al comando estratégico coadyuvara a ese propósito estratégico mayor. Pero no sólo que ello no ha ocurrido, sino que la propia Francia parece consentir aquella condición, realidad que implica que Europa continuará desplegando recursos y capacidades pero sin geopolítica propia, es decir, definiendo de modo insuficiente o erróneo sus objetivos, involucrándose en sitios donde no estén en juego sus intereses y corriendo los riesgos que ello acarrea.


fonte(RT-español)