Todo acto o voz genial, viene del pueblo y vá hacia él. Cesar vallejo. “El arte que se nutre del alma de nuestro pueblo, de sus sufrimientos y esperanzas es un arte que no muere, que vive eternamente en los corazones que luchan y cantan”. Jose carlos mariategui
musica con sentido e sentimiento
terça-feira, setembro 24, 2013
la amburguesa bionica de mcdonalds
mas informacion en esta página de noticias.
http://actualidad.rt.com/sociedad/view/106463-mcdonalds-hamburguesas-pudrir-comida-chatarra
observe los ingredientes secretos!! al final del video
quinta-feira, setembro 19, 2013
o exepcional gobierno americano.....
Barack
Obama recordou a excepcionalidade dos EUA no fim do seu discurso à
nação, quando o líder norte-americano tentou garantir o apoio dos
eleitores a um possível ataque à Síria. A referência à
“excepcionalidade” não provocou nenhuma reação especial por parte dos
seus ouvintes, exceto talvez de alguém mais sentimental que tenha
vertido uma lágrima ao ouvir falar mais uma vez da “missão especial” da
América.
A
polêmica teve início depois de o presidente Vladimir Putin ter
acentuado esse conceito no seu artigo. “É muito perigoso inspirar as
pessoas a sentirem-se excepcionais, sejam quais forem as intenções. Há
países grandes e pequenos, ricos e pobres, os que têm profundas
tradições democráticas e os que ainda procuram o seu caminho para a
democracia. A sua política também é diferente. Nós somos todos
diferentes, mas quando pedimos que Deus nos abençoe não nos devemos
esquecer que Deus nos criou iguais”, escreveu o presidente russo.
Mas
afinal se verificou que a América está realmente convencida da sua
excepcionalidade e que agora lhe “pisaram nos calos”. A maioria dos
políticos, e a mídia na sua esteira, irrompeu em reprimendas iradas.
Afinal toda a História nos ensina que uma América forte é a fonte do Bem
no mundo. Nenhum país libertou mais pessoas e fez tanto para elevar o
nível de vida – também em todo o mundo. E é claro que os Estados Unidos
continuam a ser o “farol da esperança” para as pessoas – de todo o
mundo, naturalmente.
Sim,
é verdade que a História ensina, mas só aqueles que querem aprender e
não os que querem adaptá-la às suas necessidades, sublinha a perita da
Academia Russa de Serviço Público Kira Sazonova:
“A
História demonstra que os países que escolheram a via da sua
especificidade, o que é perfeitamente normal, mas precisamente a via da
excepcionalidade, acabavam na via do expansionismo e da agressão
externa. Têm visão os políticos que percebem que os tempos da expansão e
da excepcionalidade, se ainda não passaram completamente, já estão
passando. Hoje o protagonismo é de um princípio completamente diferente –
o da cooperação. É por isso que o artigo de Vladimir Putin veio mesmo a
propósito para recordar que o princípio da cooperação é fundamental
para o direito internacional moderno.”
Aliás,
o próprio Barack Obama é um refém do mito americano. Durante a sua
campanha eleitoral o candidato a presidente defendia um ponto de vista
algo diferente. Na altura Obama afirmava que acreditava na
excepcionalidade americana, mas que esta em nada era diferente da
“excepcionalidade britânica”, da “excepcionalidade grega” ou de qualquer
enaltecimento patriótico idêntico de qualquer outro país. O candidato
foi então bastante criticado e por isso mudou rapidamente de discurso.
As
raízes dessa ilusão inocente que vivem os cidadãos dos EUA remontam aos
tempos dos primeiros colonos. A ideia de “excepcionalidade” obteve
depois um novo fôlego nos anos de 1980 com Ronald Reagan. Ele falava da
América como de “uma cidade luminosa no cume de um monte” e estava
convencido que ela era um exemplo único da vitória da liberdade e da
esperança. Já nos últimos 20 anos, com o desmoronamento da URSS, a
“singularidade” dos EUA já não podia ser contrariada por ninguém, refere
o vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos Vilen
Ivanov:
“A
liderança dos Estados Unidos e a elite americana acreditaram na sua
excepcionalidade porque o mundo se tornou unipolar e os EUA se tornaram
no país mais poderoso no plano econômico e militar. Por outro lado, a
experiência histórica não de todo tida em conta. A Alemanha hitleriana,
nomeadamente: o nacional-socialismo, que com Hitler ascendeu ao poder,
propagandeava precisamente essa excepcionalidade do povo alemão com
todos os seus meios. Isso acabou por levar a Alemanha a sofrer a derrota
e a ficar manchada perante todo o mundo por ter permitido que essa
camarilha chegasse ao poder.”
Realmente,
a seu tempo o famigerado doutor Goebbels introduziu com sucesso nas
mentes dos alemães o conceito da sua excepcionalidade e da sua
superioridade. Aliás, também na América muitos avisam a liderança do
perigo dessa ideologia. Assim, Daniel Ellsberg, conhecido por ter, numa
certa altura, divulgado documentos secretos do Pentágono, publicou
recentemente um artigo nas páginas do The Guardian. Segundo Ellsberg,
“os EUA são agora um Estado policial”. Na sua opinião, para que aí se
estabeleça uma ditadura completa só é necessária “uma guerra… ou mais um
atentado terrorista com a dimensão do 11 de setembro”. Enquanto que as
recentes denúncias do antigo colaborador da NSA Edward Snowden, conclui
Ellsberg, só ajudam a salvar os americanos.
Ainda
mais direto foi, nas suas declarações, o ex-candidato à presidência dos
EUA e republicano Ron Paul. Ele está convencido que a liderança dos EUA
se está afastando dos princípios de uma verdadeira república e está
evoluindo para a formação de um sistema fascista, em que o país é
liderado em conjunto pelos políticos e pelos maiores homens de negócios.
O
artigo de Vladimir Putin não podia, é claro, deixar indiferente um “fã”
tão especial da Rússia como é o senador John McCain. Tal como prometeu,
ele respondeu ao líder russo com o seu artigo que o jornal Pravda
publicou no dia 19 de setembro. Eis o seu teor resumido: McCain afinal
não é anti-russo, mas sim pró-russo e por isso está muito preocupado com
o martirizado povo russo que tem de sofrer horrores como o Caso
Magnitsky, as perseguições das Pussy Riot, a discriminação dos
homossexuais e a amizade das autoridades com “regimes ditatoriais”.
Uma
lista estandardizada que demonstra, mais uma vez, a fé de McCain pelo
menos na sua própria excepcionalidade. O presidente da Rússia, ao se
dirigir ao povo americano, não começou a ensiná-lo como se deve viver
nos EUA, mas já o senador americano sabe, com toda a certeza, como devem
viver os russos e até está disposto a oferecer-lhes esses valores
liberais já amanhã, mas Putin não deixa.
Talvez
a maioria dos habitantes dos EUA terão dificuldade em acreditar, mas o
resto do mundo vê a singularidade americana de forma algo diferente. Do
ponto de vista dos não-americanos, essa excepcionalidade se manifesta no
bombardeamento de países que têm no poder regimes incômodos para
Washington, nas revoluções coloridas, na Primavera Árabe e na ingerência
despudorada e “correção do rumo” de países soberanos. As palavras de
Obama no seu último discurso foram precisamente uma clara ilustração da
integridade americana. “Se com um pequeno esforço e com uma pequena dose
de risco nós pudermos evitar a morte de crianças pelo gás, garantindo
dessa forma a segurança a longo prazo dos nossos próprios filhos, então
acho que devemos fazê-lo”, disse o presidente dos EUA.
O
pequeno esforço são umas centenas de mísseis Tomahawk. Evitar a morte
de crianças pelo gás: depois de um ataque com mísseis dificilmente
ficará alguém capaz de respirar o gás. Se bem que não se trata das
crianças sírias, mas das perspectivas das crianças “excepcionais”
americanas.
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