
El XVII Festival Mundial de la Juventud y los Estudiantes quedó este lunes inaugurado en Sudáfrica con la participación de delegados de más de 140 países que deliberarán por ocho día a favor de la paz y en contra del imperialismo.
Todo acto o voz genial, viene del pueblo y vá hacia él. Cesar vallejo. “El arte que se nutre del alma de nuestro pueblo, de sus sufrimientos y esperanzas es un arte que no muere, que vive eternamente en los corazones que luchan y cantan”. Jose carlos mariategui
artigo de Julian assange:
" Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do “The News” de Adelaide(Austrália), escreveu: “Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença.”
Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao termino da desastrosa campanha de Gallipoli.
Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.
Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (‘big government’) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiados cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.
Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras. O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: Esta notícia é verdadeira? Os jornalistas a reportaram de maneira precisa?
Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (‘broken stories’) sobre corrupção corporativa.
As pessoas afirmaram que sou anti-guerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço destas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.
Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.
O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser “caçado como Osama Bin Laden”. Uma lei republicana tramita no senado norte-americano buscando declarar-me uma “ameaça transnacional” e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.
E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da Primeira ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.
Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentanto atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.
Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A Primeira ministra e especialmente o Procurador-Geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.
Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: “Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!” E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.
Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:
Os EUA pediram a sua diplomacia para que roubassem material humano (“personal human material”) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.
O Rei Abdullah da Arabia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.
A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger “interesses dos EUA”
A Suécia é um membro secreto da OTAN e a Inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.
Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.
Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: “ apenas uma impresa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo”. A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.
Julian Assange é o editor-chefe e um dos nove membros do conselho consultivo do Wikileaks
Traduzido pelo blog de Luis Nassif
Ver em linha : Ver original em inglês no The Australian
Keane Bhatt: Su nuevo libro Hopes and Prospects [Esperanzas y Posibilidades] comienza con la historia de Haití, y eso fue lo que discutimos la última vez, así que es un tema apropiado para iniciar la entrevista. Para cientos de miles de personas, habitar en una vivienda digna resistente a los huracanes es una quimera. A pesar de los miles de millones de dólares entregados a organizaciones de asistencia humanitaria, los habitantes del campamento de Carrefour deben pagar mensualmente un “impuesto” para permanecer allí, mientras existen 1.3 millones de personas que aún continúan desplazadas internamente.
Se estima que 8.000 personas desplazadas han sido desalojadas a la fuerza. Si existiera un estado democrático funcional en Haití, podría usar el dominio eminente para obtener tierra y construir viviendas permanentes para la población afectada. Pero en las próximas elecciones que los EE.UU. está financiando, el partido político más grande, Fanmi Lavalas, ha sido excluido, junto a otros trece, y no ha habido una iniciativa integral que brinde a las personas desplazadas las tarjetas de identificación necesarias para votar.
Usted ha hablado sobre el desprecio por la democracia que Estados Unidos ha mostrado anteriormente-la financiación en Haití de la candidatura del oficial del Banco Mundial y ex-ministro de Duvalier, Marc Bazin, contra Aristide en 1990, el castigo a Gaza por votar de manera equivocada, el financiamiento de partidos de oposición en toda América Latina-pero ahora parece que hasta han abandonado los pretextos de apoyar los procesos democráticos. Las elecciones de Honduras bajo el régimen golpista también han sido aceptadas, y es un ejemplo de ésto. ¿Estamos viendo una nueva tendencia hacia un mayor descaro y extremismo en este sentido?
Noam Chomsky: Creo que siempre ha sido cierto. La democracia es un peligro para cualquier grupo en el poder. Tomemos, por ejemplo, el caso de los Estados Unidos-formalmente tal vez una de las democracias más avanzadas del mundo. Y una de las primeras, de hecho-en el siglo 18 lideraban como tal. Los Padres Fundadores estaban muy preocupados por el peligro de la democracia y hablaron muy abiertamente sobre la necesidad de construir las instituciones democráticas que controlarían esa amenaza. Es por eso que el Senado tiene mucho más poder que la Cámara, para mencionar sólo un ejemplo.
KB: Pero parece que en cuanto a la política exterior, solía haber una mayor tolerancia hacia el proceso democrático formal. Ahora, demostrado por los casos de Honduras y Haití, no hay ni siquiera un esfuerzo para mantener esa pretensión.
NC: La literatura académica es bastante clara en este sentido. Con respecto a América Latina, pero de manera general es cierto en todo el mundo, la filosofía principal sobre la “promoción de la democracia” viene de Thomas Carothers. Él es un neo-Reaganista, quien cree que Reagan era una especie de Woodrow Wilson tratando de fomentar la democracia en el mundo, y estuvo en el Departamento de Estado en los años de Reagan trabajando en programas de aumento de democracia. Y él es un académico honesto. Y sigue con sus estudios al respecto prácticamente hasta el presente, y no voy a tratar todos los detalles, pero su conclusión es correcta y previsible. Dice que Estados Unidos apoya la democracia si-y sólo si-se conforma a sus objetivos sociales y económicos. Y dado que él es un fuerte partidario, considera esto una especie de paradoja.
KB: Una esquizofrenia...
NC: Sí, es esquizofrenia. Él llama a todo líder “esquizofrénico”. Bueno, los líderes son perfectamente realistas.
KB: En Estados Fallidos, Ud. menciona siete soluciones para enfrentar problemas internacionales. La tercera es: “Que la ONU tome la iniciativa en crisis internacionales.” Aunque entiendo la sabiduría general detrás de esta recomendación, más que todo con respecto a Irak e Irán, ¿cómo se aplica esto a Haití, que ha estado bajo la ocupación de la MINUSTAH de la ONU desde el golpe del 2004?
NC: En primer lugar, la verdad es que en estos pasajes yo estaba presentando la opinión pública. La opinión pública declara que “creemos que las Naciones Unidas, no los EE.UU., debe tomar la iniciativa cuando hay crisis internacionales,” y creo que esto tiene cierta legitimidad, pero debemos reconocer-y probablemente lo discutí en ese mismo contexto-que la Naciones Unidas no es un agente independiente. La ONU es un agente de los estados que lo constituyen y, más concretamente, de los cinco estados que poseen el veto en el Consejo de Seguridad, y aún más específicamente, de los Estados Unidos. La ONU puede ir tan lejos a como los EE.UU. le permita, pero no más que eso. Y está restringida por las condiciones que los estados poderosos, lo que significa sobre todo los EE.UU., imponen. Haití es un ejemplo de ello. Pero hay un montón de otros. Tomemos, por ejemplo, las sanciones impuestas a Irak bajo Clinton que se dieron hasta la invasión. Se denominaban sanciones de la ONU, y fueron administradas a través de la ONU, pero si se analiza más a fondo resulta que fueron sanciones de los EE.UU. Entonces sí, el defecto que mencionas está aquí, claramente. Pero eso es algo inherente en la estructura de la ONU. Claro, las Naciones Unidas, en cierta medida difunde el poder de los EE.UU. Por lo tanto es una agencia menos directa de los Estados Unidos que el Ejército estadounidense. Pero aún así, no puede escapar la distribución de poder en el mundo.
KB: Y en casos más vulnerables, lugares que no pueden defenderse o reclamar sus derechos, como Haití, hay una mayor manifestación de eso.
NC: ¿Quién va a oponerse? Inglaterra no se va a oponer, Francia se une a los Estados Unidos. De hecho, Francia es uno de los más grandes torturadores de Haití, tanto históricamente como actualmente. China y Rusia no van a participar. Bueno, entonces sólo queda EE.UU.
continua...
fonte(revista amauta)
LOS NIÑOS FUMIGADOS DE LA SOJA
Argentina / Norte de la provincia de Santa Fe
Diario La Capital
Las Petacas, Santa Fe,
29 septiembre 2006
El viejo territorio de La Forestal, la empresa inglesa que arrasó con el quebracho colorado, embolsó millones de libras esterlinas en ganancias, convirtió bosques en desiertos, abandonó decenas de pueblos en el agujero negro de la desocupación y gozó de la complicidad de administraciones nacionales, provinciales y regionales durante más de ochenta años.
Las Petacas se llama el exacto escenario del segundo estado argentino donde los pibes son usados como señales para fumigar.
Chicos que serán rociados con herbicidas y pesticidas mientras trabajan como postes, como banderas humanas y luego serán reemplazados por otros.
'Primero se comienza a fumigar en las esquinas, lo que se llama 'esquinero'.
Después, hay que contar 24 pasos hacia un costado desde el último lugar donde pasó el 'mosquito', desde el punto del medio de la máquina y pararse allí', dice uno de los pibes entre los catorce y dieciséis años de edad.
El 'mosquito' es una máquina que vuela bajo y 'riega' una nube de plaguicida.
Para que el conductor sepa dónde tiene que fumigar, los productores agropecuarios de la zona encontraron una solución económica: chicos de menos de 16 años, se paran con una bandera en el sitio a fumigar..
Los rocían con 'Randap' y a veces '2-4 D' (herbicidas usados sobre todo para cultivar soja). También tiran insecticidas y mata yuyos.
Tienen un olor fuertísimo.
'A veces también ayudamos a cargar el tanque. Cuando hay viento en contra nos da la nube y nos moja toda la cara', describe el niño señal, el pibe que será contaminado, el número que apenas alguien tendrá en cuenta para un módico presupuesto de inversiones en el norte santafesino.
No hay protección de ningún tipo.
Y cuando señalan el campo para que pase el mosquito cobran entre veinte y veinticinco centavos la hectárea y cincuenta centavos cuando el plaguicida se esparce desde un tractor que 'va más lerdo', dice uno de los chicos.
'Con el 'mosquito' hacen 100 o 150 hectáreas por día. Se trabaja con dos banderilleros, uno para la ida y otro para la vuelta. Trabajamos desde que sale el sol hasta la nochecita. A veces nos dan de comer ahí y otras nos traen a casa, depende del productor', agregan los entrevistados.
Uno de los chicos dice que sabe que esos líquidos le puede hacer mal: 'Que tengamos cáncer', ejemplifica. 'Hace tres o cuatro años que trabajamos en esto. En los tiempos de calor hay que aguantárselo al rayo del sol y encima el olor de ese líquido te revienta la cabeza.
A veces me agarra dolor de cabeza en el medio del campo. Yo siempre llevo remera con cuello alto para taparme la cara y la cabeza', dicen las voces de los pibes envenenados.
-Nos buscan dos productores.
Cada uno tiene su gente, pero algunos no porque usan banderillero satelital.
Hacemos un descanso al mediodía y caminamos 200 hectáreas por día.
No nos cansamos mucho porque estamos acostumbrados.
A mí me dolía la cabeza y temblaba todo. Fui al médico y me dijo que era por el trabajo que hacía, que estaba enfermo por eso', remarcan los niños.
El padre de los pibes ya no puede acompañar a sus hijos. No soporta más las hinchazones del estómago, contó. 'No tenemos otra opción. Necesitamos hacer cualquier trabajo', dice el papá cuando intenta explicar por qué sus hijos se exponen a semejante asesinato en etapas.
La Agrupación de Vecinos Autoconvocados de Las Petacas y la Fundación para la Defensa del Ambiente habían emplazado al presidente comunal Miguel Ángel Battistelli para que elabore un programa de erradicación de actividades contaminantes relacionadas con las explotaciones agropecuarias y el uso de agroquímicos.
No hubo avances.
Los pibes siguen de banderas.
Es en Las Petacas, norte profundo santafesino, donde todavía siguen vivas las garras de los continuadores de La Forestal.
Fuente: Diario La Capital, Rosario, Argentina
POR FAVOR PASALO
Los estadounidenses están frecuentemente mal informados, son a veces simplemente tontos y fácilmente engañados por rumores que parecen sabrosos. Pero mientras la derecha aprovecha esta realidad, la izquierda se preocupa de que calificarlos como mentiras pueda parecer “grosero”.
¿Recordáis que el congresista Joe Wilson se levantó durante el discurso sobre el Estado de la Unión de Obama y gritó “¡Usted miente!”? Fue reprendido enérgicamente por los expertos. Pero sobre todo atrajo críticas por descortés y fue comparado con Kanye West y otros famosos “interrumpidores”.
Volver a enfocar la insensata invectiva de Wilson subraya el estado de nuestro mundo político puesto de cabeza. Wilson gritó “¡Usted miente!” enfrentado con la verdad, pero el presidente Obama duda antes de pronunciarse cuando lo calumnian con falsedades desnudas, descaradas. La cruel ironía continuará este invierno cuando los republicanos se apoderen de la Cámara y sigan circulando los rumores e insinuaciones de expertos extremistas de derecha. Parece como si nadie con un megáfono suficientemente fuerte tuviera el coraje de llamar las cosas por su nombre, o para ser más exacto a una mentira por lo que es.
Hemos ido bastante más allá de la “certecidad” de Stephen Colbert a un entorno de “al diablo con la verdad”; lo que Rick Perlstein describió en Daily Beast como “mendocracia”: "gobierno por mentirosos.”
A continuación cito algunos ejemplos recientes de cómo hemos progresado en la ignorancia:
* Sondeos realizados durante y después de las elecciones de mitad de período de la semana pasada sugieren que muchos estadounidenses creen verdaderamente que el presidente Obama ha aumentado sus impuestos –a pesar de que la realidad es que nuestro presidente en realidad los redujo para la mayoría. Esto significa que la gente confía en expertos como Rush Limbaugh, una fuerza importante tras la propagación de esa mentira, más que en las cifras de sus propias declaraciones de la renta.
* ¿Otro fenómeno reciente? La mitad de los nuevos congresistas no creen en la realidad del calentamiento global. No es que sólo no estén de acuerdo con la fuente o la severidad del problema. Simplemente no piensan que el mundo se esté calentando –a pesar de la evidencia ante sus ventanas.
* Es probable que el nuevo Congreso trate de restaurar millones de dólares de financiamiento para un programa de estudios en las escuelas de “sólo abstinencia”, científicamente inexacto, extremadamente desastroso, en el cual se ha visto que difunden mentiras como “los condones no funcionan” y “el aborto causa cáncer”.
* Los medios noticiosos han reproducido una afirmación insensatamente inflada y totalmente estrambótica de un blog indio de que el viaje al extranjero de Obama costó 200 millones de dólares diarios –y los espectadores se la han tragado. (En este caso, la Casa Blanca la desmintió directamente).
Lo que asusta es que este tipo de rumores tiene una manera de establecerse en la conciencia popular. Justo cuando la temporada electoral comenzaba a caldearse durante este año, Newsweek publicó una lista de “Cosas estúpidas que creen los estadounidenses". Aunque algunas son locuras comunes y corrientes, una cantidad sorprendente son mentiras que fueron transmitidas a los estadounidenses por nuestros dirigentes de la extrema derecha. Esto demuestra que mentiras propagadas por los medios se arraigan fácilmente en la memoria colectiva si no se contrarrestan rápido y de forma segura. La lista de Newsweek incluía las siguientes 12 estadísticas tomadas de sondeos y encuestas recientes y semi-recientes. La primera mitad se relaciona directamente con la difusión de rumores por la derecha.
* Casi un quinto de los estadounidenses piensa que Obama es musulmán. Gracias, Fox news, por actuar como si fuera asunto de opinión, no un hecho.
* Un 25% de los estadounidenses no creen en la teoría de la evolución de Darwin, y menos de un 40% creen en ella. Hay que considerar el hecho de que varios de nuestros funcionarios recientemente elegidos, específicamente el recién elegido gobernador de Kansas Sam Brownback, comparten esa creencia.
* Antes este año, casi un 40% de los estadounidenses todavía creían que la mentira apoyada por Sarah Palin sobre los “paneles de la muerte” estaba incluida en la reforma del sistema de salud.
* Hace sólo unos pocos años, cerca de la mitad de los estadounidenses todavía sospechaban una conexión entre Sadam Hussein y los ataques del 11-S, una mentira que fue reforzada por el propio Dick Cheney.
* Aunque una buena cantidad de este desconocimiento demostrable mejora a medida que los encuestados son más jóvenes, todo no anda bien entre los de menos de 30 años. Una mayoría de “jóvenes estadounidenses” no pueden identificar Iraq o Afganistán –los sitios en los que combaten y mueren sus pares– en un mapa.
* Dos de cada cinco estadounidenses, a pesar de que la separación total de la iglesia y del Estado es un fundamento de nuestra democracia, piensan que debería permitirse que los maestros dirijan las oraciones en las salas de clase. Por lo tanto parece que esos derechistas que claman para que se derribe el muro entre la iglesia y el Estado no son los únicos que ignoran sus principios constitucionales.
* Muchos estadounidenses todavía creen en la brujería, percepción extrasensorial y otros fenómenos sobrenaturales. ¿Explica por qué Christine O’Donnell negó tan rápidamente sus “escarceos”?
* Hablando de creencias religiosas anticuadas, hace cerca de una década, un 20% de los estadounidenses todavía creían que el sol gira alrededor de la tierra. Es una lástima, considerando que hasta el Vaticano dejó salir del atolladero a Galileo por tener razón.
* Sólo cerca de la mitad de los estadounidenses se dan cuenta de que el judaísmo es la más antigua de las tres religiones monoteístas. Otros ejemplos de extremos malentendidos sobre la religión y la separación de la iglesia y del Estado se encuentran en la encuesta de Pew sobre el conocimiento religioso de los estadounidenses.
* Éste tuvo un inmenso impacto cuando apareció. En 2006, más estadounidenses fueron capaces de nombrar a dos de los “siete enanitos” que a dos de los jueces de la Corte Suprema. Y eso fue antes de que aparecieran Kagan y Sotomayor. A decir verdad, es fácil recordar a Feliz y Dormilón.
* Más estadounidenses pueden identificar a Los Tres Chiflados que a los tres poderes del gobierno –ya sabéis, esos que se disputan por nuestro bienestar.
Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens
Sarah Seltzer es escritora de RH Reality Check y escritora independiente basada en la Ciudad de Nueva York. Su trabajo ha sido publicado en Bitch, Venus Zine, Women's eNews y Publishers' Weekly
http://www.alternet.org/story/148826/16_of_the_dumbest_things_americans_believe_--_and_the_right-wing_lies_behind_them/
En diciembre de 1997 Ignacio Ramonet publicó un editorial en Le Monde Diplomatique con el título “Desarmar los mercados financieros” en el que decía, entre otras cosas muy sabrosas, lo siguiente: “El desarme del poder financiero debe convertirse en un interés cívico de primera magnitud, si se quiere evitar que el mundo del próximo siglo se transforme en una jungla donde los predadores impongan su ley”. Ya entrados en el siglo XXI podemos contemplar que estas palabras han resultado premonitorias y que, efectivamente, por no haber desarmado ese poder financiero se ha desatado la gran crisis que estamos atravesando, y lo que es peor, que los mercados siguen imponiendo su ley a la hora de buscar una salida a esta situación.
Aquel editorial inició el movimiento ATTAC. Desde entonces este movimiento ha defendido la necesidad de implantar la Tasa Tobin y eliminar los paraísos fiscales, entre otras reivindicaciones, para atenuar ese gran poder del mundo financiero y sentar algunas de las bases para construir un mundo más justo. Se ha conseguido movilizar a mucha gente a lo ancho del mundo, pero sin éxito a la hora de lograr que las propuestas se llevaran a cabo. El estallido de la crisis ha puesto sobre el tapete la importancia de las propuestas de ATTAC, y las que eran reivindicaciones de un movimiento social han llegado a formar parte del discurso de los gobiernos más influyentes de la economía mundial. No obstante, nada de lo que se propuso en el G-20, como combatir los paraísos fiscales, se ha plasmado en actuaciones concretas.
Los mercados causantes de la crisis siguen imponiendo su ley sobre los derechos de ciudadanía y la democracia, lo que va a tener consecuencias muy negativas de cara a la salida de la crisis. La situación resulta tan escandalosa que hasta una persona tan moderada como Miguel Boyer ha escrito un artículo, “Ganar dinero apostando al desastre” (EL PAÍS, 30-04-2010), en el que denuncia con lucidez lo que está pasando.
En este artículo pone de manifiesto cómo las agencias de valoración tuvieron una gran responsabilidad en el periodo anterior a la actual crisis sobreponderando activos, empresas y solvencias y, por tanto, contribuyendo en primera línea a la generación de burbujas desmesuradas en el sector inmobiliario y en las Bolsas en general, así como a alentar una errónea confianza de los inversores y de las entidades de crédito. Fue aquél sin duda -junto a la política de intereses bajísimos de la FED, la desregulación financiera y los blindajes de ejecutivos- uno de los factores principales de la crisis.
En estos primeros meses de 2010, sigue diciendo Boyer, la orientación ha cambiado: los que exageraron el optimismo y la confianza en el auge pasado ahora exageran notoriamente el pesimismo sobre la solvencia de las deudas públicas y privadas de un cierto número de países. La propagación del pesimismo aumenta las primas de riesgo de los prestamistas de toda clase. Como resultado, los que ganaron con el auge, ahora siguen ganando con la caída.
Mientas esto sucede, los trabajadores pierden su empleo o se reducen sus salarios, muchos pequeños, medianos empresarios y autónomos cierran sus negocios, y los gobiernos no tienen autonomía para realizar políticas económicas propias, sino que éstas vienen dictadas por los poderosos mercados financieros. El pesimismo no solamente influye en tener que pagar más por la deuda pública emitida para financiar el déficit, lo que hipoteca el futuro de los países con pagos excesivos de amortización de la deuda, que no pueden así tampoco realizar otro tipo de gastos sociales, sino que obliga a reducir el déficit con las políticas de ajuste consiguientes.
La economía griega está viviendo un calvario con el ajuste que se la obliga a hacer para afrontar tanto el déficit como la deuda, que se considera excesiva. La contestación social que está provocando este ajuste ya ha causado muertos, y estamos asistiendo a la tragedia griega no como representación teatral, sino como trágica realidad. La delicada situación económica por la que atraviesa está conduciendo a una gran crisis social y política. No conviene olvidar los costes económicos y sociales causados por las políticas de ajuste que se obligó a aplicar a los países menos desarrollados en la década de los ochenta del siglo pasado.
Pero parece que no se quiere aprender. Los costes de la crisis los pagan los de siempre, mientras que los causantes siguen beneficiándose de la situación. Hay que acabar con las agencias de valoración, y hoy más que nunca hay que plantear con fuerza el necesario desarme de los mercados financieros si queremos apostar por una economía más sana, más igualitaria y sostenible. Los mercados financieros con su fuerza y poder atacan a la democracia y los derechos humanos y de ciudadanía. Son un peligro para lograr la convivencia democrática y socavan los fundamentos del desarrollo económico y del estado democrático de derecho.
En este sentido, resulta muy esclarecedora la anécdota que cuenta Alex Callinicos en su libro “Contra la tercera vía” (Crítica 2002). En un momento determinado Blinder y otros economistas asesores del presidente Clinton le dicen a éste que lo más urgente no era llevar a cabo las reformas económicas para las que había sido elegido, sino disminuir el déficit público para calmar al mercado de bonos. Ante esto Clinton, con la cara encendida por la cólera y la incredulidad dijo: “¿Pretenden decirme que el éxito del programa y de mi reelección depende de la Reserva Federal y de un puñado de comerciantes de bonos?”. Hubo asentimientos en toda la mesa. Ni una negación. Le pareció a Blinder que entonces Clinton entendió que su suerte pasaba por las manos del no elegido Alan Greenspan y el mercado de bonos. Si esto pasa en la economía más fuerte del planeta, qué no nos pasará a los más débiles.
Carlos Berzosa Alonso-Martínez, nació en Madrid en el año 1945, es Catedrático de Economía Aplicada e imparte la enseñanza fundamentalmente en las disciplinas de Estructura Económica Mundial y Desarrollo Económico. Licenciado y Doctor por esta misma Universidad. Actualmente es el Rector de la Universidad Complutense de Madrid, cargo del que tomó posesión el día 23 de junio de 2003.
PS: os governos progresitas devem lutar ja, para criminalizar o uso dos paraisos fiscais nas operações financieras.
Occurs throughout the Pampas del Sacramento, a lowland plain between the Huallaga and Ucayali rivers in central Peru. This species is most commonly found at elevations around 200 m, although has been found up to ca. 400 m in the Cordillera Azul. View type locality in Google Maps
A Soninha (que já foi da MTV, e era filiada ao PT) hoje é uma das coordenadoras da campanha do Serra. A Soninha – como tantas mulheres – reconhece – na reportagem reproduzida aí no alto – que já fez aborto. Não o fez porque é um monstro irresponsável. Mas porque tantas vezes essa é a única opção para as mulheres. Quem conhece alguém que já abortou sabe do drama que as mulheres - mas também alguns homens – enfrentam nessa hora.
Serra e Soninha, vamos ser honestos, não são fascistas nem fanáticos religiosos – ou não eram. Serra, quando ministro da Saúde, assinou portaria regulamentando aborto no SUS. Só que Serra não tem limites para chegar ao poder. Na tentativa desesperada de ganhar de Dilma, ele se aliou ao que há de mais atrasado no Brasil. Até TFP (seita de extrema direita que é monarquista , contra o divórcio e contra os gays) está apoiando Serra.
Serra, pra ganhar, aposta no atraso, no pensamento mais conservador. Aposta no preconceito contra as mulheres. Serra quer ganhar votos espalhando que Dilma é “abortista, e quer matar criancinhas” (a própria mulher de Serra disse isso num corpo-a-corpo na rua).
Sei que há muita gente, homens e mulheres, que não gosta da Dilma. Gente que até já votou no PT , mas se decepcionou com o PT. Muita gente nessa situação escolheu no primeiro turno Marina, Plinio ou até Serra. Mas será que esse povo quer o atraso no Brasil? Duvido…
Serra, se vencer (e acho que não vence), trará com ele o preconceito, o atraso, a visão de que “gay é pecador” e “mulher está aí pra procriar, não pra decidir sobre sua saúde”.
Serra não era assim. Mas ficou assim. Serra hoje é o atraso. Não é à toa que, no twitter, Serra virou “#aiatoláSerra”.
Coitada da Soninha.
lema de serra: o fim justifica os meios
"Poucos de nós consomem muito tempo pensando sobre como o sistema que os Fundadores - políticos que assinaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos - estabeleceram protege nossas liberdades. Gastamos ainda menos tempo considerando os métodos dos ditadores do passado para destruir democracias ou reprimir levantes democráticos", alerta a escritora.
Em cartas endereçadas ao jovem ativista Christopher Le, Wolf lista dez etapas clássicas utilizadas por ditadores e aspirantes a ditadores para sufocar uma sociedade aberta. Como exemplo a autora lembra a Alemanha da década de 30, que deixou de ser um país moderno e democrático, de arquitetura e design inovadores, de fashionistas, com ícones pop, colunas de fofoca e organizações de direitos civis e de direitos de homossexuais para protagonizar o Holocausto e se tornar um regime autoritário.
Para a autora, neste momento algumas dessas etapas estão em curso nos Estudos Unidos e todas ameaçam acabar com a democracia. Em 2008, o livro foi adaptado para os cinemas pelas mãos da diretora e produtora Annie Sundberg.
Leia trecho no qual Naomi Wolf aponta semelhanças entre atitudes do governo Bush e o nazismo.
*
Como todo americano, eu assisti aos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 com horror. Depois, como muitos, eu assisti às reações do governo primeiro com preocupação, depois com apreensão e depois, muitas vezes, com choque. Comecei a perceber que havia algo familiar no modo como os acontecimentos se desenrolavam.
Por causa da sensação de déjà vu que eu começava a sentir enquanto lia os jornais todos os dias, fui lembrando como líderes do passado esmagaram sociedades sobre as quais haviam ganhado controle. Eu observei com atenção especial o que acontece quando um líder provoca a transformação de uma sociedade pluralística e democrática numa ditadura.
ECOS HISTÓRICOS
Eu comecei a pensar nesses exemplos de "ressonâncias históricas" - não eram provas de que alguém na administração estudou os detalhes do fascismo e do totalitarismo no século XX, mas certamente eram indicações sugestivas.
O que havia de familiar na imagem de um bando de jovens vestidos com camisas idênticas gritando contra os mesários de um posto eleitoral da Flórida durante a recontagem de votos de 2000? Quais foram os ecos das notícias de que partidários de Bush no sul estavam organizando manifestações públicas para queimar CDs das Dixie Chicks?* (CDs na verdade são muito difíceis de queimar e produzem fumaça tóxica.) O que parecia tão familiar na cena de um grupo ideológico humilhando um acadêmico que deu uma opinião divergente - e depois pressionando o governo estadual para que o reitor demitisse o professor? O que era tão reconhecível nas informações de que agentes do FBI estavam detendo militantes pacifistas em aeroportos? Por que a noção de ser "saudado como libertador" soava tão clichê e expressões como "escondido numa caverna" ecoavam coisas já ouvidas?
Esses acontecimentos pareciam ter ressonâncias históricas porque de fato eles estavam inspirados em acontecimentos da história.
Ninguém pode negar a habilidade dos fascistas em moldar a opinião pública. Eu não posso provar que qualquer pessoa no governo Bush tenha estudado o pensamento e os atos de Joseph Goebbels. Nem estou tentando. Tudo o que estou fazendo é apontar ressonâncias.
Enquanto você lê, pode notar outros paralelos - geralmente nos detalhes dos acontecimentos. O governo Bush criou uma norma pós-11 de Setembro a respeito de líquidos e viagens aéreas. Restrições cada vez maiores levaram seguranças de aeroportos a forçar alguns passageiros a ingerir líquidos: uma mãe de Long Island, por exemplo, teve de beber três garrafas cheias de seu próprio leite antes de embarcar num avião no aeroporto JFK. Outros passageiros adultos foram obrigados a beber leites enriquecidos para bebês. Na era de Benito Mussolini, uma tática de intimidação era forçar cidadãos a beber vomitivos e outros líquidos. Homens da SS alemã requintaram o método: fizeram Wilhelm Sollmann, um líder social-democrata, por exemplo, beber óleo de rícino e urina.17 Claro que leites enriquecidos para bebês não são vomitivos. Mas agentes governamentais - alguns deles armados - forçando um cidadão a ingerir um líquido é uma cena nova nos Estados Unidos.
Em 2002, o governo Bush criou o "Departamento de Segurança da Pátria". Os porta-vozes da Casa Branca começaram a se referir aos Estados Unidos, pela primeira vez, como "a Pátria". Os presidentes americanos até então falavam do país como "a nação" ou "a república", e as questões internas eram "domésticas".
Em 1930, propagandistas nazistas não se referiam à Alemanha como "a nação" ou "a república" - o que era -, mas como "Heimat", "a pátria". Pátria é um termo descrito pela memorialista Ernestine Bradley, que cresceu na Alemanha nazista, como saturado de poder nacionalista: "Heimat é uma palavra alemã que não tem equivalente satisfatório em outras línguas. Ela denota a região em que alguém nasceu e à qual se mantém enraizado... Sentir falta da Heimat causa a doença incurável da Heimweh [nostalgia]." O vice-Führer Rudolf Hess, ao apresentar Hitler num comício em Nuremberg, disse: "Graças a sua liderança, a Alemanha será a Pátria - para todos os alemães do mundo." Um Departamento de Segurança Interna é simplesmente uma burocracia, sujeita a errar; mas um departamento de proteção à "Pátria" tem um outro tipo de autoridade.
Em 2001, o USA Patriot Act** permitiu ao governo federal obrigar médicos a entregar históricos confidenciais de seus pacientes sem um mandado que o justificasse. Suas conversas com seu médico estão agora sujeitas ao escrutínio do Estado. (A legislação nazista da década de 1930 ordenava aos médicos alemães que revelassem ao Estado os históricos médicos dos cidadãos.)
Em 2005, a Newsweek informou que os prisioneiros de Guantánamo haviam visto o Corão ser despejado em vasos sanitários. Sob pressão da Casa Branca, a revista publicou uma correção. Não tinha entrevistado testemunhas diretas dessa prática. Mas organizações de direitos humanos confirmaram relatos de abusos similares envolvendo o Corão. (Em 1938, a Gestapo forçou judeus a limpar privadas com seus filactérios sagrados, os tefilin.)
A Anistia Internacional informa que os interrogadores americanos atormentavam os prisioneiros no Iraque tocando heavy metal em volume máximo em suas celas dia e noite. (Em 1938, a Gestapo infernizou o primeiro-ministro austríaco Kurt von Schuschnigg, na prisão, deixando um rádio ligado em volume máximo, noite e dia.)
Um grupo de direitos humanos iraquiano se queixou de que, em 2004, forças americanas sequestraram esposas inocentes de supostos insurgentes e as mantiveram como reféns para pressionar os maridos a se entregar. (Na Rússia de Josef Stalin, a polícia secreta fazia o mesmo com as mulheres de dissidentes acusados de "traição".)
Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, o vice-presidente Dick Cheney prometeu que seríamos "saudados como libertadores". (Quando o Exército alemão ocupou a Renânia, a propaganda nazista afirmou que as tropas seriam recebidas como libertadoras.)
O presidente Bush alegou que os prisioneiros da baía de Guantánamo podiam ser tratados duramente porque não eram beneficiários das Convenções de Genebra. (Os nazistas recomendaram aos soldados alemães na Rússia que tratassem o inimigo com brutalidade especial, porque eles não eram beneficiários das Convenções de Haia.)
Depois do 11 de Setembro, a então assessora de segurança nacional Condoleezza Rice e o vice-presidente Cheney cunharam uma nova expressão: os Estados Unidos estavam agora em "pé de guerra". Aparentemente, era uma escolha casual de palavras. Mas, se você pensasse no assunto, era também uma espécie estranha de escolha de palavras, já que os Estados Unidos não estavam de fato em guerra. O que é "pé de guerra"? (Líderes nazistas explicaram, depois do incêndio do Reichstag, que a Alemanha, que não estava de fato em guerra, estaria a partir de então em permanente kriegsfusz - literalmente, "pé de guerra").
A Casa Branca de Bush "embutiu" repórteres nas unidades militares americanas no Iraque. A falta de visão crítica da cobertura aumentou consideravelmente. (Agentes de propaganda nacional-socialista "embutiram" repórteres e equipes de câmera nas próprias Forças Armadas: a cineasta Leni Riefenstahl foi misturada às tropas nazistas na Polônia, e o correspondente americano William Shirer entrou com as divisões alemãs na França ocupada.)
O governo Bush despejou de aviões, durante a noite, caixões de soldados americanos mortos e impediu os fotógrafos de registrarem a cena. (Os nacional-socialistas fizeram exatamente o mesmo.)
A Casa Branca anunciou, em 2002, que havia "células dormentes" de terroristas espalhadas país afora. Uma célula dormente, como a imprensa explicou, era um grupo de terroristas que se infiltrava na vida diária americana, esperando, talvez durante anos, o sinal para agir e causar destruição.
O FBI teria localizado uma célula dormente em Lodi, na Califórnia. Depois que um informante foi pago com centenas de milhares de dólares para espionar os muçulmanos da cidade, o FBI deteve dois homens, Umer Hayat e Haimid Hayat, pai e filho. Os dois disseram ter confirmado a existência de uma célula dormente que na verdade não existia, só para interromper uma sequência de interrogatórios apavorantes.
Outra célula dormente muito alardeada seria composta por quatro homens muçulmanos em Detroit. O ministro da Justiça, John Ashcroft, dizia que eles haviam tido conhecimento prévio do 11 de Setembro. Integrantes do governo federal acusaram-nos de fazer parte de uma "célula dormente que planeja ataques contra americanos no exterior", segundo relatos da imprensa.
O Departamento de Justiça anunciou que as prisões tinham sido uma das grandes vitórias da guerra contra o terror.
A expressão "célula dormente" penetrou profundamente no inconsciente dos Estados Unidos, tornando-se até tema de um filme feito para TV. Mas, em 2006, Richard Convertino, promotor do caso Detroit, foi indiciado sob acusação de tentar apresentar provas falsas no julgamento e de esconder as verdadeiras, numa manobra para sustentar a tese do governo sobre os réus. Todas as acusações contra os dois homens foram retiradas e o Departamento de Justiça silenciosamente retirou a acusação. Mas você provavelmente não soube nada disso, e as arrepiantes histórias de células dormentes continuaram no ar para perturbar seu sono.
Célula dormente era algo de que a maioria dos americanos nunca tinha ouvido falar antes. É uma expressão da Rússia de Stalin, onde os propagandistas diziam que células constituídas de agentes do "capitalismo internacional" - isto é, nós - haviam sido enviadas pelo governo dos Estados Unidos para se infiltrar na sociedade soviética. Esses agentes secretos posariam de bons camaradas, vivendo tranquilamente entre seus vizinhos, apenas esperando o dia em que, dado o sinal, todos eles se levantariam para causar destruição.
Quando o plano terrorista contra aviões destinados aos Estados Unidos foi descoberto em Londres em 2006, um funcionário do FBI deu uma declaração muito divulgada: "Se esse plano tivesse sucesso, o mundo pararia." Os caras do FBI não costumavam falar em linguagem tão poética. (Sobre seus planos em 1940, Hitler disse: "O mundo vai prender a respiração.")
Vale a pena atentar para essas ressonâncias - mas elas não são, essencialmente, tão importantes. O que é importante são os ecos estruturais que você encontrará: o modo como ditadores apoderam-se de democracias ou esmagam levantes democráticos invocando decretos de emergência que sufocam as liberdades civis, criando tribunais militares e criminalizando as opiniões discordantes.
Essas ressonâncias são importantes.
referencia: folha online
Arqueólogos encontraram no oásis de um deserto ruínas de um assentamento egípcio de 3.500 anos que antecede em um milênio outras cidades antigas, informou nesta quarta-feira (25) o Ministério da Cultura do Egito.
Realizando escavações no oásis Um El-Kharga, um dos cinco desertos ocidentais do Egito - a cerca de 200 quilômetros ao sul do Cairo -, uma missão da Universidade Yale fez a descoberta enquanto trabalhava em um mapa de rotas antigas do Deserto Ocidental.