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domingo, fevereiro 15, 2009

O Sionismo Nazista

A grande mídia ocidental, subordinada a grande mídia ianque, é muito influenciada pelos judeus-israelenses e os não-israelenses desde o término da 2ª Guerra Mundial. Note, por exemplo, o tema nazista, que é explorado com centenas de milhares de filmes todos os anos, ao ponto que um judeu-não israelense, o professor universitário ianque Norman G. Finkelstein da Universidade de Nova Iorque, cujos pais estiveram no campo de concentração de Varsóvia, escrever um livro denunciando a Indústria do Holocausto, construída a partir da Guerra dos 6 Dias:

"(...)...as atrocidades nazistas transformaram-se num mito americano que serve aos interesses da elite judaica, sendo que nesse sentido, o holocausto transformou-se em Holocausto (com h maiúsculo), ou seja, numa indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os não judeus em seu território e em áreas de influência".

Nele, o autor aponta que o número de sobreviventes foi exagerado com intuito de chantagear grandes corporações, países e bancos como forma de aumentar recursos financeiros na guerra contra os árabes, demonizados, que buscariam novamente a "solução final".

De fato, Israel é um dos poucos países do mundo com programa nuclear, conta com nada menos que 200 bombas atômicas, afora possuir um dos maiores e mais bens preparados exércitos, posto ser obrigatório tanto para homens como mulheres e que, uma vez por ano, o reservista deverá se apresentar a serviços de guerra.

Foi interessante a posição britânica de entregar o problema palestino a ONU, em 1948, isentando-se da responsabilidade, por ela permitida, da invasão sionista no Oriente Médio desde o fim do século XIX, que compravam as melhores terras palestinas e cujo lema era (e continua sendo) "Uma terra [Palestina] sem povo [os palestinos] para um povo [judeus] sem terra.".

Para os donos da ONU, os EUA, cabe a defesa irrestrita de Israel, como "Estado" - que não existe como tal, uma vez que até hoje não conseguiu definir suas fronteiras - e como uma suposta "democracia" — apesar de ser tão fundamentalista quanto são os vizinhos islâmicos, já que baseia seus argumentos na Lei Judaica, ou seja, nas interpretações de ortodoxos do livro religioso Torá e de não possuir uma constituição civil. Essa defesa faz-se importante, não só como modo de lavar a alma ocidental das atrocidades nazistas cometidas contra os judeus, permitida e ocultada pelas nações européias da época, mas também como modo de ter um "país" ocidental na região mais petrolífera do mundo, zona estratégica entre três continentes, e que possui a 4ª bacia de água potável do planeta (Iraque, antiga Mesopotâmia).

Desde a primeira invasão ianque no Iraque, criou-se um mito que o armamento militar ocidental de hoje é tão automatizado que é possível encontrar e atingir um inimigo dentro de uma caverna profunda, sem atingir civis ao redor. O mesmo mito ainda hoje permanece, principalmente quando se trata do povo escolhido de Deus, há quatro mil anos e portanto, superior e merecedor da terra palestina: os israelenses.

Israel supostamente luta contra o terrorismo praticado pelo braço armado do Hamas, e no entanto, o primeiro tipo de terrorismo que possa ser definido como tal é o de Estado, que através do terror e do assassinato, da humilhação e tirania de populações civis impõe seus objetivos políticos, militares e sociais. No caso da Palestina, o terror israelense é acompanhado da profunda corrupção da Autoridade Palestina, que deixou de representar seu povo aliando-se às políticas perpetradas por israelenses.

Os nossos jornais dizem que até agora apenas morreram 900 palestinos e 2500 estão feridos, o que é mais uma piada ocidental, se pensarmos numa população de 1,5 milhão e meio de habitantes que vive numa das regiões mais densamente povoadas do mundo, algo em torno de 4000 pessoas por metro quadrado; isolada, rotulada e marcada como gado por Israel e Egito; sem controle marítimo e espaço aéreo em seu próprio território; não reconhecido como Estado até hoje pela mesma ONU que reconhece Israel; sem eletricidade, sem comunicação com o mundo exterior e ajuda humanitária (graças ao bloqueio israelense); sem educação e saúde, com 80% de sua população na miséria; com sistema de saneamento básico falido etc.

Esta informação do número de vítimas é as que os jornais ocidentais têm acesso, graças ao vínculo com as mídias ianques. No entanto, quem garante a veracidade de tal número se os jornais do mundo inteiro estão proibidos de entrar em Gaza pelos terroristas israelenses? Esta veracidade é a de Israel, o povo opressor. O outro lado do Holocausto é contado por meio de blogs de palestinos sitiados em Gaza (que são ameaçados de morte por isralenses), é retratado por Carlos Lattuf (cartunista brasileiro, já condenado por extremistas), e é claro, pela única mídia que o mundo ocidental não tem acesso: a Al-Jazeera.

Quase todas as guerras israelenses-árabes desde a invasão judia na região foram ganhas por Israel, com apoio militar e econômico dos EUA. Os governos fantoches do Egito e da Arábia Saudita tiveram que se render ao fato de não possuírem bombas atômicas e de não poderem negociar num caso de embargo econômico por lutarem contra Golias - e seu marionete de estimação, os EUA. Este também foi o caminho seguido pela Jordânia, em tempos mais atuais. Assim, o senso comum tem razão quando diz que o mundo árabe também não se importa com a causa palestina, já que os regimes locais ou são ditaduras ou monarquias, em geral fantoches, apoiados pelos EUA. Por outro lado, o Irã, membro permanente do "Eixo do Mal", não é um país árabe, é persa, apesar de ser muçulmano de maioria xiita (ao contrário da maioria dos países da região que são sunitas), e não mantém relações diplomáticas com os EUA desde a Revolução Iraniana, em 1979. Não reconhece Israel como Estado e agora sofre com embargos da ONU em virtude de seu programa nuclear.

A crise palestina nunca foi religiosa, e sim política, econômica, militar (geopolítica) e, portanto, étnica-cultural. O Egito isola Gaza de um lado, impedindo seu acesso ao mundo árabe (desde os primórdios dos acordos de paz), e esta guerra israelense é financiada pela Arábia Saudita. Sendo assim, não é a questão religiosa que importa, trata-se de um massacre muçulmano-judaico, com armas ianques, de um mísero povo árabe e muçulmano. Estes dois países árabes são vistos como traidores no Oriente Médio porque apoia um "estado" terrorista ocidental favorecido totalmente pelo Império, que está amarrado na imunidade conquistada pelos judeus desde a 2ª Guerra.

Naturalmente a ONU como qualquer grande jornal do mundo não está nem aí para os palestinos, ainda que não possam dizer isso abertamente, já que estes não possuem origem étnica e religiosa européia (como no caso dos povos da Ex-Iugoslávia) e ainda não sofreram um Holocausto — talvez somente assim os processos de paz de fato ocorram. Eis a evolução israelense, de oprimido a opressor, do Gueto de Varsóvia ao Gueto de Gaza. E Israel se aproveita, também disso, ao ponto de se isentar e de impor isenção por suas ações.

No entanto, independente de governos ou estados, e também de religiões, os humanos tendem a se identificar com os povos oprimidos e/ou suas guerrilhas, caso dos tibetanos, dos bascos, dos irlandeses, dos zapatistas, das FARC, do MST e, da bola da vez, os palestinos, incriminados e aterrorizados por um povo hoje imune e/ou intocável (e que outrora, participava nas mesmas trágicas condições). Ser contra os israelenses é ser anti-semita, na visão ocidental, em virtude do tabu criado na era nazista e perpetuado em filmes. Daí, os palestinos serem Davi, ainda que atirar pedras num gigante como Golias, que palita os dentes com bombas atômicas e, independente dos julgamentos de terceiros faz o que bem entender, não seja viável.

A grande ironia é que somente a bomba atômica pode trazer a paz entre os países. Sou a favor de que todo e qualquer país tenha acesso a isso, só assim é possível negociar neste mundo. O resto do mundo não se mete com a Coréia do Norte, por exemplo, nem com a China. As relações políticas entre a Índia e o Paquistão sobre a Caxemira são obrigatoriamente resolvidas no diálogo, já que ambos os países também possuem bomba atômica. Sou a favor da bomba atômica da paz, e não a paz sem bomba e sem armas restritas a conversas inúteis na ONU. Quer a paz, prepara-te para a guerra, disse um romano.

Se esse mundo fosse sério e ético, Israel sofreria sanções ou um embargo econômico mundial pelo apartheid que usa contra os palestinos, seria condenado num tribunal internacional por crime de guerra pelos pogrom realizados e pela tentativa de genocídio de um povo imensamente mais fraco político, econômico e militarmente. É o nazi-sionismo imperando, com apoio mundial.

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